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The aim of life is appreciation; there is no sense in not appreciating things; and there is no sense in having more of them if you have less appreciation of them.


..........................................................................................................Gilbert Keith Chesterton
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quarta-feira, 3 de junho de 2009

De novo a abstenção

Ouve-se dizer muitas vezes "não vou votar porque não me identifico com nenhum dos partidos candidatos".

Para que todos nos identificássemos garantidamente com um partido, teria que haver em Portugal dez milhões de partidos. Exigir um partido à medida de cada um é irrealismo e megalomania. Ninguém vota no melhor partido: votamos todos (excepto os clubistas) no partido menos mau. O mundo é assim mesmo.

Para mim, o menos mau ainda é o BE, embora a minha confiança neles tenha sofrido um rude golpe aquando da aprovação, na Assembleia da República, da lei do financiamento partidário. Mas em contrapartida estiveram muito bem no Parlamento Europeu a 6 de Maio, quando se votou o Pacote das Telecomunicações.

6 comentários:

A disse...

Do meu ponto de vista, o grande problema dos eleitores portugueses (talvez provocada por um bizarro ascendente freudiano ... do Estado Novo?!...)é encararem os partidos como clubes de futebol: se sempre votaram no PS, lá vão eles votar nos socialistas; se costumam votar no PSD, então têm que votar no PSD.
Por incrível que pareça, mesmo com a insatisfação que vemos diariamente em relação às políticas do governo, as sondagens dão a vitória ao PS!

teodoro disse...

Claramente, votar votar votar. Tem piada que também fiquei aturdido com a questão da lei de financiamento dos partidos.

Tia [Zen] disse...

Olá, assunto interessante este!
Eu vou votar (ainda não sei em quem); as mulheres demoraram muitos anos a obter este direito e não quero deixá-lo cair...
BE? Talvez...

A disse...

Ainda não decidi em quem votar. Gosto das posições tomadas pelo BE em relação a alguns assuntos mas a história do financiamento partidário também me caiu mal. Por outro lado, no Parlamento Europeu, o BE faz parte da família mais alargada do PC. O que há para decidir passa pelo crivo da Ilda Figueiredo e isso não me agrada...

JOSÉ LUIZ FERREIRA disse...

Austeriana, duvido que o Miguel Portas esteja sujeito a qualquer disciplina de voto determinada pela Ilda Figueiredo. A haver disciplina de voto no Parlamento Europeu - e iria jurar que não há - seria determinada pela direcção do Grupo Parlamentar, que inclui parlamentares dos outros estados-membros. Admito que os bloquistas e os comunistas portugueses concertem posições entre si, mas se o fazem é em pé de igualdade. E nalguns casos, como no que ilustro no meu post mais recente, até podem concertar posições com deputados doutras famílias políticas.

A disse...

Olá, José Luiz Sarmento!
É exactamente essa concertação entre bloquistas e comunistas portugueses que não me agrada. Ainda há bem pouco tempo, o Deus Pinheiro (em declarações à TSF)referiu que, na maior parte das vezes, as orientações de votação são direccionadas pelas grandes famílias partidárias e que, posteriormente, as posições a tomar são discutidas entre todos os deputados portugueses...
Perante o estado a que isto chegou, sou cada vez mais céptica...