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The aim of life is appreciation; there is no sense in not appreciating things; and there is no sense in having more of them if you have less appreciation of them.


..........................................................................................................Gilbert Keith Chesterton
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domingo, 21 de junho de 2009

Se não ler outro livro este Verão...


Ignatius J. Reilly é monstruosamente obeso, virgem, e incapaz de se manter num emprego. Nunca saiu de Nova Orleães. Acredita que o melhor sistema político para os EUA seria uma monarquia absoluta, acha que o Papa devia reinstituir a Inquisição e que a penitência adequada para a mãe, quando se vai confessar, devia ser aplicada com um látego. Fala e escreve como se fosse um John Updike ou um John F. Buckley transplantado do extremo Norte para o extremo Sul dos Estados Unidos, de modo que ninguém à sua volta entende metade do que ele diz.

O que ele não entende, por sua vez, é a linguagem do politicamente correcto. Isto leva-o a dizer coisas tão para lá de racistas que os pretos que o ouvem nem sequer se ofendem: olham para ele como para um extra-terrestre e gozam o espectáculo.

Muito longe, em Nova Iorque, vive Myrna Minkoff, judia e de extrema-esquerda, que quer salvar Ignatius de si próprio - o que se poderia obter, na opinião dela, por meio de um bom orgasmo seguido de vários anos de psicanálise.

Com estes ingredientes, John Kennedy Toole constrói um livro que só não é puro slapstick porque integra todas as outras dimensões do cómico. Absolutamente a não perder.

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