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The aim of life is appreciation; there is no sense in not appreciating things; and there is no sense in having more of them if you have less appreciation of them.


..........................................................................................................Gilbert Keith Chesterton
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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Fui um pouco ingénuo, mas não me demito

Foi o que Vítor Constâncio declarou perante a Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso BPN. Será de mim, ou haverá nesta afirmação algo de, como dizer? Contraditório? Esquisito? Surrealista? Impudente?

Se os contribuintes portugueses quisessem um ingénuo como Governador do Banco de Portugal, teriam com certeza muito por onde escolher; ingénuos não faltam; e com uma oferta tão grande, não haveria dificuldade em recrutar alguém por um salário relativamente baixo.

Ora acontece que Vítor Constâncio recebe um salário muito alto. Excepcionalmente alto. O mínimo que os contribuintes podem esperar em troca deste salário é um desempenho também ele excepcional.

Eu, e a maior parte das pessoas que me estão a ler, somos provavelmente ingénuos demais para sermos Governadores do Banco de Portugal. Por isso mesmo é que não o somos. Mas se Vítor Constâncio é ingénuo demais, é medíocre demais; e se é medíocre demais, o dever dele é demitir-se, deixando o lugar a outro menos confiante na virtude intrínseca dos banqueiros.

1 comentário:

setora disse...

O que me intriga é que se mantenha um organismo de supervisão quando os supervisores declaram que não é possível detectar as fraudes. Existem para quê? O melhor era fechar a loja e já não enganavam ninguém.