Du temps que la Nature en sa verve puissante
Concevait chaque jour des enfants monstrueux,
J'eusse aimé vivre auprès d'une jeune géante,
Comme aux pieds d'une reine un chat voluptueux.
J'eusse aimé voir son corps fleurir avec son âme
Et grandir libremente dans ses terribles jeux;
Deviner si son coeur couve unne sombre flamme
Aux humides brouillards qui nagent dans ses yeux;
Parcourir à loisir ses magnifiques formes;
Ramper sur le versant de ses genoux énormes,
Et parfois en été, quand les soleils malsains,
Lasse, la font s'étendre à travers la campagne,
Dormir nonchalamment à l'ombre de ses seins,
Comme un hameau paisible au pied d'une montagne.
Charles Baudelaire, Les Fleurs du Mal
1 comentário:
Zé Luis:
Bom dia.
Lê-lo é sempre um prazer enorme pelo brilhantismo com que escreve e pela lucidez.
Ontem(anteontem?)tinha um belíssimo texto no perfil que me recordou este.
Parágrafos
- São bonitas todas as mulheres quando amam descalças.
- São heróis todos os homens que ao menos uma vez na vida tiveram a coragem de chorar.
- São livres todos os jovens que beijaram rostos de raças diferentes com a mesma cor de ternura nos lábios.
- Será vermelha toda a relva onde tombar um corpo quando em luta pela liberdade.
- Será branca a água dos oceanos quando todos os navios do mundo se reconhecerem pela música.
- Apenas será chamado de hereje o homem que não guarde
no
coração
o
retrato
de
sua
mãe.
Eduardo Olímpio
Não encontrei forma de o fazer chegar senão assim.
Abraço
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