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The aim of life is appreciation; there is no sense in not appreciating things; and there is no sense in having more of them if you have less appreciation of them.


..........................................................................................................Gilbert Keith Chesterton
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terça-feira, 20 de agosto de 2013

As máscaras caem


Os dois governos na vanguarda do neo-feudalismo financeiro - os EUA e o Reino Unido - já nem se dão ao trabalho de esconder a mão depois de atirar a pedra. Este artigo do PÚBLICO é elucidativo.

domingo, 11 de agosto de 2013

Ser Republicano - de "res publica," pois claro

O Republicanismo - no sentido original, hoje pervertido, que presidiu à criação do Partido Republicano dos Estados Unidos da América - é uma doutrina política que se define, não pela oposição à monarquia, mas pela defesa e aperfeiçoamento da "coisa pública". Pode haver um Republicanismo monárquico, mas não pode haver, sem fraude, um Republicanismo anti-democrático, nem tampouco um Republicanismo que não reconheça e valorize a existência de uma esfera pública na sociedade; esfera esta distinta, quer da esfera privada, quer da esfera estatal. O Republicanismo não se reconhece, nem nos Mercados Absolutos que sacralizam a posse, nem nos Estados Absolutos que sacralizam o poder.

Quem conheça a "Coisa" que hoje se faz passar por Partido Republicano nos Estados Unidos da América achará incompreensível que um partido com este nome se tenha batido no século XIX, contra o Partido Democrático, pela abolição da escravatura. Mas esta é uma luta perfeitamente compatível com a idiossincrasia Republicana, que não reconhece valor absoluto à propriedade privada que os esclavagistas invocavam como plataforma moral.

A mesma idiossincrasia é hoje avessa - mais ou menos em consciência e em maior ou menor grau - à mercantilização do trabalho, à quase obrigatoriedade do trabalho assalariado e à servidão daqueles, e somos quase todos, para quem o aluguer de si próprio é condição de sobrevivência. Já aqui o escrevi: o trabalho assalariado, tal como hoje o conhecemos, é demasiadas vezes uma prostituição como qualquer outra. Numa "Polis" funcional, numa República decente, numa Democracia liberal prostitui-se quem quer, mas ninguém deve ser compelido, pela força de outrem ou pela necessidade das circunstâncias, a prostituir-se.

A propriedade privada é, diz-se com razão, condição necessária da liberdade. Mas o mesmo se dirá, por maioria de razão, do rendimento incondicional. Não se trata de abolir o trabalho: trata-se de instituir, de acordo com o mais autêntico espírito Republicano, o trabalho livre.


sábado, 10 de agosto de 2013

Um dia alguém há-de pagar por isto

O neoliberalismo tem guerras permanentes. O neoliberalismo tem baixas colaterais. O neoliberalismo tem campos de concentração, como o nazismo. O neoliberalismo tem torcionários, presos políticos e gulags. O neoliberalismo tem prisões secretas e tribunais secretos, como o Antigo Regime. Tem homens com máscaras de ferro. O neoliberalismo tem leis secretas, como os imperadores chineses e os ministros de Henrique VIII. O neoliberalismo tem assassinos profissionais. O neoliberalismo tem uma aristocracia sem nenhuns deveres e com todos os direitos: as oligarquias financeiras e as corporações multinacionais.

O neoliberalismo tem até um clero: os economistas. O neoliberalismo tem o seu Santo Ofício, os seus Savonarolas e os seus Torquemadas. O neoliberalismo ainda se há-se sentar no banco dos réus.