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The aim of life is appreciation; there is no sense in not appreciating things; and there is no sense in having more of them if you have less appreciation of them.


..........................................................................................................Gilbert Keith Chesterton
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terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Demitiu-se o Ministro da Saúde

Não. Ninguém me fale em políticas mal explicadas. Não acredito em políticas mal explicadas.

Nestes tempos de spin doctors e assessores de imprensa não há políticas mal explicadas. Há políticas melhores e políticas piores; há políticas com que ganham uns e políticas com que ganham outros; e até talvez haja políticas, touch wood, com que ganham quase todos. Mas políticas mal explicadas, não há.

Quando um político diz publicamente que explicou mal a sua política, podemos ter a certeza de estar a assistir a uma exibição moral em que a modéstia é tão falsa como é monstruosa a soberba. Quando um jornalista, por seu turno, nos transmite, depois de devidamente glosada e ampliada, esta treta, a certeza que podemos ter é de que a preguiça se aliou com a corrupção. O jornalista não tem direito à voz passiva que é a defesa do burocrata: se alguma coisa foi mal explicada é porque alguém a explicou mal, e esse alguém foi ele.

Vão agora correr rios de tinta - rios de treta - sobre as políticas mal explicadas de Correia de Campos. O essencial, como sempre, vai ficar por dizer. Quem beneficiou dessas políticas? Quem saiu prejudicado? Quem estará ainda a beneficiar ou a sair prejudicado daqui a uma década ou duas? Assuntos interessantes para serem tratados por jornalistas de outra escola, se os houvesse, que não a do Palma Cavalão.

Não me falem em políticas mal explicadas. Se as políticas forem boas, explicam-se a si mesmas. Se forem más, não há compinchas suficientes em todas as redacções de todos os jornais para que as explicações se dêem lisas e inteiras.

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