Ontem, na televisão, ouvi José Sócrates afirmar mais uma vez a sua disposição de lutar pela «sociedade civil» contra as «corporações».
Lindo discurso. Apeteceu-me perguntar-lhe em qual dos dois lados ele colocaria, por exemplo, a banca: no da «sociedade civil», ou no das «corporações»?
E apeteceu-me perguntar-lhe também o que é que restaria da sociedade civil, na sua opinião, se todas as corporações fossem eliminadas.
Mas um professor como eu não tem acesso aos poderosos para lhes fazer este género de perguntas. Os jornalistas têm-no, mas, não sei porquê, nunca lhes ocorre fazê-las.
Resta-nos fazê-las a nós mesmos, e uns aos outros; os poderosos, depois, que não se admirem com as respostas.
Blogue sobre livros, discos, revistas e tudo o mais de que me apeteça escrever...
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The aim of life is appreciation; there is no sense in not appreciating things; and there is no sense in having more of them if you have less appreciation of them.
..........................................................................................................Gilbert Keith Chesterton
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3 comentários:
Seria também interessante alguém perguntar-lhe onde colocaria ele o seu governo...
Letra para um Hino
É possível falar sem um nó na garganta
é possível amar sem que venham proibir
é possível correr sem que seja fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.
É possível andar sem olhar para o chão
é possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros
se te apetece dizer não grita comigo: não.
É possível viver de outro modo. É
possível transformares em arma a tua mão.
É possível o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.
Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre livre livre.
Manuel Alegre, O canto e as armas
Concordo.
Abraço.
Paulo Prudêncio.
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