Primeira reforma: reduzir drasticamente o colete de forças burocrático que torna quase impossível o ensino.
(Mas esta, a ministra nunca a fará, porque para isso teria que desmantelar a maior parte dos organismos do Ministério e com isso muita gente ia perder poder).
Segunda reforma: tirar aos cientistas da educação o poder de impor administrativamente as suas teorias e dar liberdade às escolas para adoptarem a filosofia educativa que entenderem, de forma a que não se infantilizem os alunos e não se desvalorize o conhecimento.
(Mas esta, a ministra nunca a fará, porque o eduquês é já uma indústria que move milhões).
Terceira reforma: reprimir fortemente o incivismo, que destrói a paz necessária ao ensino e à aprendizagem.
(Mas esta, a ministra nunca a fará, porque vai mexer no lumpen e o governo tem quase tanto medo do lumpen como dos banqueiros).
Blogue sobre livros, discos, revistas e tudo o mais de que me apeteça escrever...
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The aim of life is appreciation; there is no sense in not appreciating things; and there is no sense in having more of them if you have less appreciation of them.
..........................................................................................................Gilbert Keith Chesterton
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8 comentários:
Apoiado! É assim mesmo!
QUEREMOS REFORMAS, JÁ!
QUEREMOS REFORMAS, JÁ!
Que seja uma palavra de ordem na manifestação do dia 8.
Queremos reformas a sério para a escola ser verdadeiramente escola - não o campo de concentração em que estão a transformá-la.
Assino sem reservas.
RoD
Já reparou na diferença entre os apoios a este seu post e ao post "A tragédia da Ministra"?
Repare que o Luís escolheu o passado nas formas verbais em "Houve os que gritaram e houve os que resistiram calados"
A coisa ainda não aconteceu. Espero estar enganado.
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É que os que resistiram calados estão agora a gritar, caro Range-o-dente. Seria bom que na manifestação de amanhã houvesse tantas palavras de ordem sobre o que queremos como sobre o que não queremos; e que fossem pedidas contas à ministra, não só das «reformas» que fez, mas também das reformas que não fez nem fará.
Concordo em geral com as suas três reformas, mas não vejo incompatibilidade com as reformas em curso que podem ser sempre melhoradas. Sobretudo sou contra (como viu nos meus posts) essa burocracia pedagógica que arruinou a "arte de ensinar"... Esse é um dos grandes erros cometidos na educação... :)
"Seria bom que na manifestação de amanhã houvesse tantas palavras de ordem sobre o que queremos como sobre o que não queremos"
Deus o oiça.
... não digo mais.
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Algum cansaço, está aqui: http://legoergosum.blogspot.com/2008/01/intifada.html
belo. abraço do Paulo Prudêncio.
Peço desculpa, mas antes do comentário anterior tinha colocado uma outra questão: com posso encontrar a sua prosa notável que tem o título, se bem me lembro, de intifada?
Claro que o cansaço impediu-me de pensar e depois lá a encontrei, claro.
Entretanto, devo ter escrito que o "reformas já" é um exercício de extrema lucidez. Um forte aplauso.
Abraço do Paulo Prudêncio do correntes.
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