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The aim of life is appreciation; there is no sense in not appreciating things; and there is no sense in having more of them if you have less appreciation of them.


..........................................................................................................Gilbert Keith Chesterton
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sábado, 1 de março de 2008

Que seria do tirano sem o esbirro?

Num agrupamento de escolas do Centro foi proposto, como critério de avaliação dos professores, a sua aceitação das políticas educativas do governo. Chamado a responder por isto perante o Parlamento, o Sr. José Sócrates disse que não era nada com ele, mas sim com o Conselho Executivo do agrupamento; por ele, até achava mal.
Perante os jornalistas, e sobre o mesmo assunto, a Sra. Ministra da Educação disse que era só uma proposta que já tinha sido rejeitada pelo Conselho Pedagógico - o que se veio a verificar mais tarde não ser verdade.
Pois é.
O tirano dá-se ao luxo de atirar a pedra e esconder a mão. Para fazer o trabalho sujo aparece sempre um esbirro.

1 comentário:

RioDoiro disse...

A propósito do assunto que nos faz andar em bolandas (a mim pouco, felizmente (para mim)), Pacheco Pereira escreve:

[...] Os professores tinham uma óbvia responsabilidade por esta situação e tinham-se posto a jeito. Embora houvesse professores que individualmente expressassem o seu descontentamento com o “eduquês”, o facilitismo, a falta de hierarquia de mérito entre os próprios professores, o absentismo, o desleixo e a má preparação de muitos profissionais, a ausência de avaliação digna desse nome, a sindicalização do Ministério, não havia um sólido movimento de opinião entre os professores que exigisse reformas e isso permitiu a demonização dos professores enquanto classe profissional. [...]

A minha preocupação nasce neste ponto.

Não vejo forma dos professores se libertarem do torpor enquanto este assunto não for desmanchado. E este assunto é da sua inteira e exclusiva competência e de ninguém estão dependentes para o resolver.

E eu continuo a não ver que algo de substancial se esteja a passar nesse sentido. Continuo a ver os professores apenas à chapada com a ministra.

O aparecimento de um grupo de professores (enquadrados ou não) a chamar pedagogicamente incompetente à ministra e ao ministério seria um bom começo. Mas a generalidade dos professores continuam formatados em eduquês e são incapazes de pairar em altitude sobre o seu mundo.

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