[6. Conclusão: a profissionalidade
6.1. A profissionalidade é o contributo específico dos professores para o bem público
6.2. A profissionalidade é o principal direito dos professores]
Actualização (3/10/09 às 12:04): Wegie e Ramiro Marques põem aqui em dúvida a utilidade de um Livro Branco. Respondi-lhes que havia uma diferença entre um livro branco gerado bas bases e um livro branco gerado nos gabinetes, mas fiquei a pensar. A designação "livro branco" ocorreu-me em contraposição a "caderno reivindicativo". Não é que eu conteste a utilidade ou a necessidade dos cadernos reivindicativos: as pessoas podem e devem defender os seus direitos, se necessário contra a autoridade do Estado e até contra a invocação, quase sempre capciosa, do interesse público.
Trata-se, sim, de os professores, enquanto agentes duma instituição central da sociedade civil e enquanto detentores de conhecimentos especializados relevantes para a prossecução do bem público, terem o direito e o dever de reivindicar não só em seu próprio nome, mas em nome da instituição da qual são parte essencial.
Está em aberto, portanto, a designação do documento. "Livro Branco da Educação?" "Caderno Reivindicativo das Escolas Portuguesas?" Ou, mais modestamente, "Os Professores e o Interesse Público: Uma Proposta de Política Educativa"?
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The aim of life is appreciation; there is no sense in not appreciating things; and there is no sense in having more of them if you have less appreciation of them.
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1 comentário:
A elaboração de um Livro Branco para a Educação do ponto de vista dos professores tem, pelo menos, a vantagem de mobilizar os professores para a reflexão sobre o seu papel e sobre o papel da Escola. Tendo em conta que se trata de uma classe profissional qualificada e, de uma forma geral, intelectualmente séria, a reflexão permitirá certamente distinguir a esfera do interesse próprio da do interesse público. Também poderia servir de base para a constituição de uma Ordem dos Professores que defenda os interesses profissionais dos mesmos mas que simultaneamente seja um garante de exigência profissional.
A título de sugestão, para quem não conhece, penso que tem interesse ver o Livro Branco sobre a Educação e a Formação “Ensinar e Aprender: rumo à sociedade cognitiva” da EU (1995) e os relatórios e textos que têm sido produzidos desde então, do ponto de vista da Política da Educação ou seja do interesse público.
Paula Martins
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