As boas práticas médicas são determinadas por médicos, as jurídicas por juristas, as musicais por músicos e assim sucessivamente; mas as dos professores são determinadas por economistas, sociólogos, psicólogos, gestores e até (ou sobretudo) por motoristas de táxi: por toda a gente excepto por professores. Fará isto algum sentido?
O exemplo mais recente desta tendência é o último relatório da OCDE sobre a política educativa portuguesa. Digamos OCDE por extenso: Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico. Sublinho: económico.
O governo, ao encomendar este relatório, e a OCDE, ao aceitar fazê-lo, laboram no mesmo erro: o de que a política educativa é uma subsecção da política económica.
Donde se vê que o delírios educativo deste governo começa logo na abordagem; e se vê também que o governo português não está sozinho neste delírio.
3 comentários:
Notícia de última hora
Gripe PS já tem cura
Investigadores portugueses descobriram remédio para o surto de Gripe PS. De acordo com as nossas fontes de informação, a Gripe PS, que já provocou a morte de um número indeterminado de pessoas e provocou o desemprego, a instabilidade profissional, a violência, a pobreza, a escravidão, a corrupção e a ignorância generalizados em Portugal, tem a terapia prevista para dia 27 de Setembro. De acordo com os investigadores, a cura da Gripe PS não necessita de recurso a fármacos nem de internamento hospitalar, só requer que o paciente seja capaz de executar manualmente uma cruz no interior de um quadradinho. Os mesmos investigadores manifestaram, no entanto, grande preocupação com a possibilidade de o surto de gripe continuar a provocar vítimas, dado a doença não ter cura antes do dia 27 de Setembro. Os investigadores recomendam com insistência que todos os pacientes da Gripe PS se submetam ao tratamento, a fim de evitar futuras contaminações.
Uma notícia a desenvolver em próximos serviços noticiosos.
Não sei se é delírio; acho que é um traço do neoliberalismo, considerar que a educação é um serviço, analizável como tal, seguindo a oferta e a procura, sobretudo reduzido àquilo que interessa às empresas, mas que é travestido de «interesse nacional».
Quando nós omitimos de explicar que esta política não é mais do que a aplicação do dogma neoliberal na educação, será por não enxergarmos isso? será porque temos uma ideia vagamente «social» na educação e «neoliberal» na economia»? ou será que é porque fazemos auto-censura, temos medo, estamos intimidados?
Eu coloco estas questões a todos!
Manuel Baptista
O que diz é sem fundamento. Desafio-o a ver o que cai na conta de um professor Espanhol (e basta ir à Galiza, autonomia que menos paga aos professores!) para ver que nos primeiros 10 anos... um professor Galego recebe na CONTA BANCÁRIA (e isso é que conta, não me venham com tretas de Ilíquidos!) MAIS 50.000 euros que um professor Português. Depois, nos seguintes 20 anos, o professor espanhol (digo, Galego) terá na sua conta bancária depositados mais 83000 euros que um Português... MUITO BEM! Diga lá que ganhamos mais do que ele. E diga isso às famílias de centenas de professores que morreram antes dos 55 anos. Pois até essa idade, os Espanhóis recebem sempre mais... Isto é, quando um Professor português começa a ganhar mais é quando está a 4 anos da reforma. Ora, se viver 20 anos na reforma, apenas poderá aproximar a sua conta bancária da do Espanhol, Porém, como continua a pagar renda (enquanto o Espanhol ao fim dos primeiros 20 anos já ganhou MAIS 130.000 euros que o Português e tem casa própria...!) Enfim, meu caro. Faça o Senhor uma Investigação SÉRIA... VÁ "FALACIAR" PARA OUTRO LADO. Busque ferreirablog.blogs.sapo.pt/27718.html
Comentário 17.07.2009 - 12h41 - NÃO CALAREI A MINHA VOZ, ATÉ QUE O TECLADO SE ROMPA!
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