Katharine McKinnon: A violação é uma instituição social pela qual os homens, todos os homens, mantêm as mulheres, todas as mulheres, em estado de subjugação política.
Andrea Dworkin: Todo o acto sexual que envolva penetração da mulher pelo homem é uma forma de violação.
Maria de Lurdes Rodrigues: Facilitismo é chumbá-los.
Eu: Já estamos habituados a ser governados por facínoras; já estamos habituados a ser governados por bárbaros; mas temos mesmo que ser governados por doidos varridos?
Blogue sobre livros, discos, revistas e tudo o mais de que me apeteça escrever...
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The aim of life is appreciation; there is no sense in not appreciating things; and there is no sense in having more of them if you have less appreciation of them.
..........................................................................................................Gilbert Keith Chesterton
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13 comentários:
O primeiro parece delírio, mas não é. Pense lá bem... Claro que daí a deixarmos que isso nos domine, vai um bocado grande...
Parece delírio e é. Faz exactamente o mesmo sentido que dizer: As falsas acusações de violação são uma instituição social pela qual as mulheres, todas as mulheres, mantêm os homens, todos os homens, em estado de subjugação política.
Ri a bom rir. Obrigado.
Abraço.
Paulo Prudêncio.
Um sugestão: ao inserir um comentário tenho de copiar as letras anti-spam. Não pode tirar isso? Só a título de curiosidade, acho que esse esquema, o de copiar as letras, claro saiu da 5 de Outubro.
Ri a bom rir. Obrigado.
Abraço.
Paulo Prudêncio.
Um sugestão: ao inserir um comentário tenho de copiar as letras anti-spam. Não pode tirar isso? Só a título de curiosidade, acho que esse esquema, o de copiar as letras, claro saiu da 5 de Outubro.
Sim, não deixa de ter razão... alguma pelo menos. Ah, e quanto à interrogação do final do post, se não era retórica, parece que agora, para se ser governante, é preciso acumular - facínora e bárbaro e doido varrido. É assim um 3 em 1!
PS - As letras anti spam cada vez são mais!
Obviamente que não temos que ser governados por doidos varridos
Doidos, sem serem varridos. Varridos, já não seriam problema.
:-)
Chapelada!
.
Sim, a primeira afirmação tem suporte empírico suficiente na psicologia evolutiva. Não é uma questão de opinião; é um facto comprovado interculturalmente e biologicamente. As ilações políticas são outro assunto...
Pedido de Divulgação.
Para Divulgar…!
COMUNICADO DA REUNIÃO DE MOVIMENTOS DE PROFESSORES
A APEDE - Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino, o Movimento Escola Pública, Igualdade e Democracia e o MUP - Movimento para a Mobilização e Unidade dos Professores, reunidos em 31 de Maio de 2008, depois de analisarem as políticas educativas empreendidas pelo actual Governo e a consequente resposta por parte dos professores, decidiram reiterar a sua oposição a essas políticas, designadamente as que estão patentes no Estatuto da Carreira Docente e nos decretos de Avaliação do Desempenho e de Gestão Escolar.
Apelam a todas as formas de resistência dos professores, individuais ou colectivas, que assumam uma dimensão de escola, agrupamento ou conjunto de escolas, exprimindo a rejeição destas política e declaram também, em consequência, o seu apoio activo e solidariedade a todos professores e a todas as escolas que decidam contrariar a sua aplicação.
Apelam, finalmente, a todos os professores, associações, sindicatos e outras entidades, para que dêem corpo a este esforço conjunto de contestação a estas gravosas medidas que, atentando contra a democracia na escola e perturbando o seu funcionamento, põem em causa a escola pública.
MUP - Movimento para a Mobilização e Unidade dos Professores
A APEDE - Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino
Movimento Escola Pública, Igualdade e Democracia
http://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2008/06/comunicado-da-reunio-de-movimentos-de.html
anahenriques
De facto parece que os que nos governam nem sequer são seres humanos Até parece que eles se esquecem que existem pessoas.
temos que resistir e intervir para que as coisas mudem, eu já estou a fazê-lo através da literatura. Já editei dois livros que irei passar a falar.
A vida e os horizontes da mudança - livro com treze contos cujas temáticas são todas da fase contemporânea e as localidades onde eles se passam todas portuguesas.
Os doze rapazes - uma novela, precedida por um pequeno prefácio, os quais poderão servir de reflexão sobre assuntos polémicos e actuais na escola como como a indisciplina, a avaliação dos professores, o Estatuto da Carreira Docente, o vilipendiar os professores, etc.
Um docente desempregdo deixou tudo e foi para muito longe dar aulas, lá foi muito mal tratado pelo Presidente do Conselho Executivo, pela população e pelos alunos, sobretudo por uma turma de doze rapazes repetentes que faziam mil e uma coisas na sala de aula.
Cada vez é mais difícil ser professor e agora que o ME burocratizou a carreira. E criticou ferozmente os docentes para os humilhar perante a opinião pública.
Numa altura em que sabemos que existe um grande ataque à escola pública, por isso, se fizeram estas medidas, tudo para que as pessoas cheguem à conclusão que as escolas privadas é que são boas, elas que iriam provavelmente impedir muitos meninos de frequentar a escola e muitos docentes - ainda que de qualidade - de lá poderem leccionar por motivos fúteis e insignificantes.
O que se está a passar em Portugal na educação e não só, em que os trabalhadores não vêem recompensado o seu esforço, pelo contrário são ameaçados com congelamento de carreiras, salários e despedimentos podem colocar em risco a própria coesão social.
Dizem que é por causa do défice e da crise internacional, mas se um dia as coisas melhorarem, quem trabalha continua a ficar na mesma, ao invés iremos ver à mais concentração de riqueza e de propriedade, o que pode causar nas pessoas a revolta e aí sim poderão surgir conflitos graves.
Neste momento, os meus livros estão à venda na loja online da Ecopy www.macalfa.pt/ecopy - livrarias Leitura e lojas Ecopy no Porto, Byblos e Apolo 70 em Lisboa, Americana (para a semana) em Leiria e Infante no Funchal.
Eu também vendo pessoalmente ou à cobrança. Novas livrarias que queiram vender os meus livros são sempre bem-vindas.
Mais informações sobre mim e os meus livros em: www.osdozerapazes.page.vu - www.daescritaaleitura.blogspot.com - www.falandodalingua.blogspot.com
ou no site da editora Ecopy: www.macalfa.pt/ecopy ou http://ecopy.macalfa.pt
Luís Ferreira
Quem os elegeu, que os aguente...
Nunca voto em maiorias.
A respeito da tese de Katharine McKinnon, está aqui um argmuento interessante a favor:
http://radgeek.com/gt/2008/05/16/women_and/
Caro Miguel Madeira:
O argumento é interessante, com efeito, mas não me convence. O autor pode ter razão quando diz que a violação, mesmo quando cometida por uma minoria de homens, contribui para a criação duma "ordem espontânea" que impede as mulheres de se comportarem sempre e em todas as circunstâncias como se fossem homens. E como parte da premissa, que não examina, que elas têm, naturalmente e em absoluto, este direito, conclui muito naturalmente que esta ordem espontânea é "maligna".
Mas se levasse o seu raciocínio à sua consequência inevitável, o autor teria de concluir que a única coisa que se pode opor a esta ordem espontânea maligna é uma ordem artificial "benigna" - na qual, por exemplo, as penas pelo crime de violação se agravem até ao ponto da barbárie; em que a definição legal de violação se alargue até ao ponto do absurdo; e em que as regras da prova e da presunção de inocência se relaxem até ao ponto de qualquer mulher que tenha um bom advogado poder mandar qualquer homem para a prisão (onde a primeira coisa que provavelmente lhe acontecerá será ser violado) durante décadas.
E é precisamente isto que tem acontecido. Não há praticamente mês nenhum em que não tenhamos a notícia de um suposto violador ser libertado ao fim de anos na prisão por se ter provado a sua inocência. E se considerarmos o medo dos media de fugir ao "politicamente correcto", podemos bem suspeitar que estes casos são em número muito maior do que é relatado.
Diz o autor que as feministas radicais nunca disseram que todos os homens são violadores; mas então, como explicar que a afirmação de McKinnon tenha sido proferida (provavelmente como auto-citação, não sei) no contexto duma entrevista em que lhe tinha sido pedido um comentário sobre a libertação de um homem cuja inocência se tinha provado ao fim de vários anos? Como não concluir que McKinnon está perfeitamente à vontade com a aplicação de uma pena bárbara a um inocente pelo único crime de ser homem (e portanto culpado duma espécie de pecado original contra s mulheres)?
É por isso que eu escrevo, parafraseando McKinnon: "As falsas acusações de violação são o meio pelo qual as mulheres, todas as mulheres, mantêm os homens, todos os homens, num estado de subjugação política".
E aqui não se trata duma ordem espontânea, mas duma ordem artificial. Maligna, pois claro.
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