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Há personagens recorrentes: o rei, a rainha, o "filho de rei", a "filha de rei", os três irmãos, as três irmãs, a madrasta (mas não o padrasto), a bruxa, o alfaiate, o sapateiro, o moleiro, o soldado demobilizado (mas não o no activo), o mestre e o aprendiz, o Diabo, S. Pedro (mas não os outros santos). Fadas há poucas: na Gata Borralheira não é uma fada madrinha que calça e veste a protagonista, mas sim uma ave; e esta vive na árvore que ela plantou junto à campa da mãe.
Há cenários recorrentes: palácio e floresta, cidade e campo. E nomes recorrentes: Branca de Neve (Schneewittchen, em dialecto, que é a da história mais conhecida, e outra, Schneeweisschen, noutra história). Há um tempo recorrente, que é o do mito: o tempo em que "desejar ainda servia de alguma coisa", o tempo em que "todos os sons tinham sentido e significado."
A repetição, a recorrência, as variações sobre uns poucos temas criam escalas harmónicas: o significado conjunto é maior que a soma dos significados parciais. Quem quiser entender a Alemanha e os alemães tem aqui uma ajuda.
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