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The aim of life is appreciation; there is no sense in not appreciating things; and there is no sense in having more of them if you have less appreciation of them.


..........................................................................................................Gilbert Keith Chesterton
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domingo, 12 de dezembro de 2010

Como José Sócrates enganou a OCDE, ou: afinal este Sócrates também é grego

Ver um burlão burlado não é coisa que cause piedade ou terror. A OCDE pode fazer as avaliações que quiser pelos critérios que entender; o que não pode é fazer passar por técnicos critérios que são políticos - por mais rotineira que esta burla se tenha tornado em todos os debates, a começar pelo económico. Escrevi sobre isto na mensagem anterior: é tempo de passar adiante.

José Sócrates usou de vários truques para falsear os resultados do do relatório PISA. Sobre alguns deles, já não preciso de escrever: Octávio V. Gonçalves desmontou-os no seu blogue melhor do que eu o faria. Mas quero fazer referência a mais um: varrer o lixo para debaixo do tapete. Conseguiu isto criando um ghetto - os CEF - onde escondeu os piores alunos,  de modo a que no ensino geral os "piores" de 2009 correspondessem aos médios de 2006. Brilhante, não é?

Só não sei se a OCDE se deixou enganar voluntária ou involuntariamente. Nem isto interessa muito: como comecei por escrever, o espectáculo do burlão burlado não impressiona ninguém.

5 comentários:

Rui Ferreira disse...

José Sócrates vai deixar o país em geral e a educação em particular numa miséria.
Isto é mesmo "o trinufo da medíocridade", referido por alguém na própria AR.
Gosto muito dos meus alunos. Dói-me particularmente tudo isto.

Zéfoz disse...

O sr. 1º continua a atirar areia para os olhos dos portugueses. Está-lhe no feitio e já não tem emenda possível.

Manuel Rocha disse...

Resumindo: os professores perderam o jogo pq o arbitro não percebeu que a penalidade foi simulada? É uma hipótese. Mas deixa-me a pensar se se tem confirmado que nos restantes jogos em que estiveram envolvidos os outros países não houve faltas simuladas nem erros de arbitragem. E se tivesse havido, como seria a classificação final de PT? Pior ou melhor ?
Ou seja: a explicação que o Luiz Sarmento propõe é original, mas com toda a franqueza parece-me fraquita. O debate do tema está ao nível dos comentários da segunda-feira aos jogos do fim-de-semana. Talvez fosse altura de a equipa que perdeu perceber que nunca devia ter aceite jogar no terreno esburacado dos comparativos, onde os ressaltos são inevitáveis e imprevisíveis. Sugestões? Recolher urgentemente aos centro de estágio, vestir o fato de treino da humildade e pensar melhor nos próximos desafios. Um sugestão que deixo é que no futuro se recuse comparecer em jogos em campos sem condições .

JOSÉ LUIZ FERREIRA disse...

Caro Manuel:
Francamente, a metáfora futebolística parece-me fraquita e basta você esticá-la um bocadinho para que rebente. Aceitar a derrota com humildade é muito bonito, mas só depois do jogo terminado. Antes disso, aceitar a derrota é traição.

E este conflito nem sequer é um jogo: quando muito é uma jogada num confronto muito mais vasto que começou há pelo menos trinta anos e de que ainda não se vê o fim.

Manuel Rocha disse...

:)
Nisto estou com Jesus, longe de mim sugerir que o campeonato já acabou, mas este jogo em concreto, pelo que tenho visto, quanto mais prolongado pior o resultado. Daí a minha sugestão: recolha ao balneário e mudança de táctica.

Quanto à metáfora, Luiz Sarmento, não foi escolhida ao acaso. Acho sinceramente que a polémica está ao nivel da relva.

Saudações.