O Tribunal dito Constitucional declara inválida uma lei em vigor - mas suspende a Constituição para que ela possa continuar em vigor por mais seis meses. A Europa sorri com desdém, mas o melhor está ainda para vir.
Minutos depois, o Primeiro-Ministro da suposta República Portuguesa afixa no rosto a expressão que costuma utilizar para fazer de estadista e declara que vai estudar a maneira de dar a volta à Constituição. Para merecer, diz ele, a confiança dos mercados e dos nossos "parceiros" Europeus. A Europa tenta abafar as gargalhadas.
É a confiança, senhores! Pasmem os Deuses, já que os Homens não pasmam! A pobre criatura quer merecer confiança sem primeiro merecer respeito! E quer que nos respeitem quando nem a nossa própria Constituição somos capazes de cumprir!
A gargalhada alastra de Berlim a Bruxelas, de Bruxelas a Roma, galga rios, escala montanhas, atravessa os Balcãs, ascende ao monte Olimpo. Ride, Deuses, que nós não podemos.
2 comentários:
Aqui está uma das análises mais lúcidas que li a propósito deste assunto. Parafraseando o que é dito, ride, Deuses, que eu não posso...nem tenho vontade para tal. José Luiz Sarmento, bem haja pela lucidez e coerência intelectual.
Permito-me citar parte de um texto que vai um pouco ao encontro da sua excelente postagem que fala de algum modo de uma guerra que se está a fazer à Constituição:
"Em combate não há classes sociais"...
Não precisamos desta gente…(daqueles que juram a Constituição e depois não a cumprem nem a fazem cumprir)
Precisamos, sim, de homens de corpo inteiro que mereçam o nosso respeito; de todos aqueles que se saibam impor pela sua verticalidade, pelo seu caracter, pelo seu trabalho, pela sua coragem, pelo seu saber, para se unirem na prossecução de um objectivo comum que é o de salvar o nosso país de todos aqueles, que a nível interno e externo o ameaçam cada vez mais, como se fossem mentores de uma verdadeira guerra.
Todos, haveremos de ser UM, para esgrimir a "espada", não para defender a des(ordem) e a ganância das oligarquias, mas a Pátria a Honra e o Futuro, ou não seremos nada…
Enviar um comentário