...............................................................................................................................................

The aim of life is appreciation; there is no sense in not appreciating things; and there is no sense in having more of them if you have less appreciation of them.


..........................................................................................................Gilbert Keith Chesterton
....................................................................................................................................................

domingo, 17 de junho de 2007

Terry Pratchett e o Discworld


O primeiro livro que li de Terry Pratchett foi Hogfather. Fiquei agarrado. Desde então fui lendo os outros à medida que os ia encontrando nos escaparates. Só depois de começar a não os encontrar é que me resolvi a encomendar na Amazon.com os que faltavam - e como Pratchett não escreve, infelizmente, com a mesma velocidade com que eu leio, a certa altura tive que começar a reler.
Decidi portanto ler de novo a série Discworld, mas desta vez por ordem de publicação. Vou agora em Interesting Times.

O Discworld está assente sobre quatro elefantes gigantescos, que por sua vez se apoiam numa tartaruga descomunal, que por sua vez está segura por - bom, falemos de outra coisa. Àqueles espíritos picuinhas que insistem sempre numa explicação pode-se sempre dizer «it's turtles all the way down»; e se esta explicação não os satisfizer tanto pior.

Para mim, uma das coisas mais interessantes nos livros de Terry Pratchett é a maneira sorrateira como ele nos vai confrontando, através do humor, da fantasia e do nonsense, com os dilemas morais que o próprio acto de viver implica. É com uma espécie de triunfo que chegamos a dois terços da narrativa e concluímos: «aha, isto afinal era sobre o multiculturalismo» - ou sobre o tiranicídio, ou sobre a guerra dos sexos, ou sobre a aceitação da morte, ou sobre o dever de trabalhar, ou sobre o valor do ócio, ou sobre outra coisa qualquer.

Sem deixar de ser, é claro, sobre as aventuras e atribulações de uns tantos maduros num mundo que, se não existe, devia existir.

Sem comentários: