...............................................................................................................................................

The aim of life is appreciation; there is no sense in not appreciating things; and there is no sense in having more of them if you have less appreciation of them.


..........................................................................................................Gilbert Keith Chesterton
....................................................................................................................................................

sábado, 15 de junho de 2013

VAI ESTUDAR, TAVARES!




«Os professores são irresponsáveis porque não sabem que Portugal faliu.»

Quando alguém se depara com o cálculo - uma impossibilidade contabilística, mas é o que resulta dos cálculos existentes - de o total da dívida mundial exceder em 40 milhões de milhões de dólares o total dos créditos, só se for muito parvo é que não conclui que essa "dívida" é uma soma de embustes; e só se for muito crédulo é que não suspeita que a dívida portuguesa, sendo parcela dessa soma, é ela própria, com toda a probabilidade, um embuste.

Uma das coisas que os professores fizeram e continuam a fazer desde há três anos é olhar para os números e estudar economia. Para ver se essa falência tão conveniente que os economistas lhes anunciavam era um facto ou mera propaganda. Não se tornaram economistas, mas tornaram-se, muitos deles, leigos bem informados. Não foram só os professores, foram os médicos, os enfermeiros, praticamente todos os portugueses capazes de estudo autónomo. Até alguns jornalistas, com excepção daqueles, como Miguel de Sousa Tavares, que não precisam de estudar coisa nenhuma porque a sua superioridade inata lhes confere a prerrogativa de já saber tudo.

E concluíram, como qualquer português informado já concluiu, que nem Portugal nem nenhum país da União Europeia está falido (se é que um país pode falir, questão que divide os estudiosos); e se alguns países chegaram lá perto foi porque alguém - não os professores, certamente - assim o quis e para lá os empurrou. Essa treta do país falido é mais uma repetição do "não há dinheiro". Ao menos inventem mentiras novas, porque as velhas já não pegam.